3 de ago. de 2015



Pois me deixe contar-lhes...
Sobre a vida ser ruim eu sei de duas coisas, a primeira é que grande parte da culpa da vida ser ruim são as pessoas que a gente conhece ao longo dela e a outra parte da culpa vem pra nós mesmos, porque nos apegamos a detalhes bestas e há pessoas que não valem a pena.

Sobre as poucas coisas que aprendi é que: o problema da vida são as pessoas, e o meu é gostar das quais me causam “problemas” na vida. Quando digo “problema” quero dizer paixão. Sim, caros amigos; a paixão alimenta, é maravilhosa, mas com a mesma força que consome, destrói.
Que me atirem uma paixão que dure pra sempre alguém que nunca sofreu por uma pessoa que confiava e, achava, que amava.
Sou defensora do amor, e me deixem explicar algo, para que não me interpretem de forma errônea. A paixão é intensa, carnal, esquenta, consome, faz você pegar fogo, corar, sentir de forma animalesca, mas como as ondas de um mar em ressaca ela se resfria, afoga um dos lados e acaba. O amor não. Amor é construção, paciência, vontade de sentir mais e mais, é sorrir, chorar e perdoar independente do erro do outro; assim como a fênix, amor é renascer das cinzas de um briga, de uma forma mais forte e graciosa.
Mas, por favor, se dê a oportunidade, porque vamos ser realistas, só é feliz quem se arrisca em acreditar que o final será feliz.
Superem as expectativas, superem pessoas e principalmente, acreditem que o amor esta por vir, e que a paixão é só um teste.
Um dia a vida ruim será substituída pela vida maravilhosa, basta querer e acreditar, amigos virão, família e crenças também, parte disso já pode melhorar parte do seu dia. Aprenda com os erros. Deixe a paixão esvair e regue o amor pra que ele floresça.
Se quiser o mar pra sua vida, que ele venha na calma e seja como as ondas que vão e voltam; não espere a ressaca chegar, a ressaca de paixão; de preferência seja uma fênix e se renove a cada experiência nova, procure forças das cinzas e deixe-se ser esplendoroso, sentindo. 

22 de jul. de 2015

Hiperbolize-se

Foto minha.


Vai me dizer que você nunca exagerou sobre seus sentimento e nem nunca usou uma hipérbole na vida!?
O ser humano tem a alma dramática e tende a intensificar seus sentimentos. Perder um ente querido o faz morrer de tristeza; ser abandonada/o por um amor o faz morrer de tanto chorar; se apaixonar o faz morrer de amores; se fica só, logo diz que vai morrer de solidão; quando alguém o magoa acha que vai morrer do coração; quando alguém que não gosta alcança o sucesso o faz morrer de ódio; quando estudam demais logo pensam que iram morrer de estudar. Pois me deixem dizer-lhes uma coisa, nunca vi ninguém morrer por hiperbolizar a vida, mas saibam de uma coisa, vale a pena todo o exagero, minha alma é feita de exageros, mas é claro, só de algumas coisas, não quero me embriagar de algo que não estou preparada pra perder depois.
Já morri de um monte de coisa, mas estou viva pensando sobre o que mais poderia ou vai morrer dentro de mim, um sentimento é o mais certo. Ontem foi a confiança, hoje o amor e do sentimento de amém, quem vai saber? Mas esteja preparado pra viver com exagero. Chore o que tiver que chorar, grite se tiver que gritar, sorria sem se importar com o barulho estranho de sua risada, deixe o amor entrar e fluir – pra depois, talvez, partir-, dê-se a chance de sentir a vida, porque de uma coisa eu sei, a vida é realmente curta e se privar do que há de melhor nela, os sentimentos, é deixar de viver.
Já quebrei a cara, e o coração, mas antes um coração partido do que perder os momentos que tenho pra sentir a vida, sejam eles bons ou não tão bons.
Então posso dizer, com essa minha alma sentimental, que no meu epitáfio quero a seguinte frase: “Aqui jaz alguém que já morreu várias vezes, por sentimentos, e agora descansa o coração, enfim”; neste momento a hipérbole não fará parte, nem o sentimento, mas sei que terei morrido por ter vivido. 

20 de mar. de 2015



[...] E: Diz que me ama e vai embora, diz que me quer e não vem atrás, diz que não vive sem mim e simplesmente some. Qual o problema?
M: Meu amor era tanto que preferi fugir, você não suportaria saber que eu estava doente, eu te queria tanto, mas tive que me trancar nesse quarto abafado com aparelhos por todo lado, com uma única lembrança nos meus pensamentos, seu sorriso, era a única coisa da qual eu queria lembrar. Eu não queria que fosse assim, eu queria te explicar, te contar o que estava acontecendo, mas não suportaria ver seu rosto molhado por lágrimas infelizes, eu sei que agora já não adianta mais, mas a melhor coisa que me aconteceu foi descobrir seus gestos, sua voz, e você, porque foi você que me deixou vivo até agora, e eu te peço uma coisa, apenas se prenda á lembranças boas, esqueça as mágoas e siga em frente, porque esse é o segredo da vida; quando a gente percebe que ela é curta, aprende á realmente dar valor, seja ao sofrimento, ao choro durante a noite, ou a felicidade e a barriga doendo de tanto rir, é assim que a vida é, contraditória e um tanto fascinante.
(Essas foram as últimas palavras de Mike naquele dia)

10 de set. de 2014



Rua 5, de um bairro qualquer, que pode ser batizado de amor. O conheci lá.
Uma rua estreita, sem nenhum encanto, as lâmpadas só foram postas de um lado da rua, meio claro, meio escuro. Um boteco na esquina, com alguns caras se afogando em um copo de amargura, talvez mais de um, quem sabe uma garrafa inteira. Uns velhinhos mais agasalhados do que o normal, para um dia quente como aquele; todos alimentando pombos com aquelas migalhas de pão. Eu apenas observando.
Na Rua 5, do bairro amor, temos restaurantes simples e com comidas que tem o gosto do tempero da vovó, um sebo com livros que fedem mais do que meu cabelo neste momento, praças com crianças correndo de um lado pra outro e casais com beijos sedentos por cama. Um banco, achei! Na Rua 6, que faz fronteira com a rua 5, tem a praça mais escura do bairro, nada de crianças, nem casais, nem velhinhos, apenas alguns mendigos e claro, neste momento, eu. O eu amargurado, que não sabe se foi deixado ou esquecido. Neste bairro que antes era amor, agora o intitulo de desgosto. Nada de cafés, músicas tristes e nem aquele choro escorrendo como num filme de romance, a vida aqui é real, nada de dramalhões, mas o fato é que, a vontade de morrer ou vegetar (tanto faz) é a mesma. Minha cabeça pesa mais que uma bola de boliche, as lembranças chegam mais rápido que o trem bala, e sabe qual minha vontade? Sorrir. Sim, sorrir de todos os momentos idiotas e de todas as discussões sem sentido; sorrir pra aliviar esse peso e sorrir, porque mostrar os dentes é mais fácil... Até mesmo de se esconder; ele é mais fácil. O choro não, ele só vem em casos extremos, casos em que se sente muito, muita dor, muito medo, muita alegria, muito amor como eu senti; e pra esconder é bem mais difícil, as lágrimas saem desenfreadas, e quando secam me resta um rosto inchado, marcado, sofrido.
Ok! A minha vida está no momento drama descontrolado; não controlo meu corpo, nem minha mente, nem meu coração, por que achei que neste momento conseguiria controlar você? Quando entrei naquele apartamento, nº27, da rua 5, do bairro amargura, e vi aquela mulher montada em você, o suor dela se misturando ao seu, assim como o corpo de vocês em um ritmo, que é, era, já foi nosso, foi uma das piores coisas do mundo pra se ver. A dois dias atrás, na viagem em que você me incentivou a fazer, tudo parecia bem, aliás, tudo parece bem pra depois ficar mal.
Aqui nesse banco da praça que faz fronteira com a rua 5, de um bairro agora chamado solidão, descobri que quebrar a cara as vezes é necessário pra gente crescer e mudar de rota.
A rota é outra, pode ser que eu esbarre em outra rua 5 ou 6, ou pode ser que eu der a sorte de encontrar uma rua de número qualquer, com um bairro chamado amor,.. De verdade!

30 de jan. de 2014



Estou nua. Deitada nesta cama. Vazia. Mas preenchida de lembranças. Momentos. Desejo. Estou nua. De sentimentos. Do meu lado há um espaço frio. Minha mão pode sentir a frieza do lençol amassado. Estou nua. A procura do calor. Atrás do êxtase. Quero sentir. Arfar contra suas mãos. Me sentir preenchida. Em todos os sentidos. Com todos os sentidos. Aguçados. Boca seca. Lembranças quentes. De um desejo inconsequente. Estou nua. Sem palavras. Nada me vem a mente. Só quero me sentir ardente. De novo. O toque. O deslizar das mãos. Estou nua. Preciso me proteger. Reconstruir o muro que já se desfez. Ontem. Noite. Sensação. Hoje. Vontade. Solidão. Volta. Quero sentir o calor pós... amor. Quero sentir. O lençol enrolado em mim. São lembranças que me fazem perceber o quão bom é sentir. Estou nua. Vulnerável. Sem você. A verdade crua me consume. Você. Verdade. Nós, de novo. Mentira. Me desarmou. Conheceu meu lado sombrio. Partiu. Conheci seu lado gentil. E você sumiu. O trinco da porta. Barulho. O calor voltou. Esperança. Esperei. Ninguém entrou. Me desiludiu. Voltou o frio. Barulho. Imaginação. Respiração. Ofegante. De dor. Não de libido/amor. Ontem. Coberta por você. Movimentos. Suor. Hoje. Coberta de incertezas. Molhada. Lágrimas. Cheiros. Seu perfume. Flores. Meu perfume. Estou nua. Em busca do calor. Por favor. Dissabor. Estou nua. Sem cor. Sem você. Sem movimentos. Sem amor. Sem luz. Estou nua. Estou morta.